A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, gerou debates ao decidir não presidir a sessão conjunta do Congresso marcada para esta semana, que contará com a presença do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. O evento ocorre em um momento delicado, refletindo as profundas divisões internas entre os membros do Partido Democrata, especialmente no que tange à gestão da guerra entre Israel e Hamas.
Segundo fontes próximas, a ausência de Kamala Harris não indica um afastamento de seu compromisso com a segurança de Israel, mas sim um conflito de agenda, onde ela optou por participar de um evento previamente marcado em Indianápolis com a irmandade Zeta Phi Beta Sorority Inc. Ainda nesta semana, está programado um encontro entre Harris e Netanyahu na Casa Branca, um gesto que busca reforçar as relações diplomáticas apesar dos recentes atritos.
Normalmente, a vice-presidência dos EUA tem o costume de presidir tais eventos no Senado, representando um suporte tácito ao visitante estrangeiro. Esta ausência é simbólica e destaca a tensão existente dentro do partido de Harris sobre como melhor manejar as relações exteriores, especialmente no que se refere ao conflito israelense-palestino.
Diante da ausência de Harris, os democratas escolheram o senador Benjamin Cardin de Maryland para ocupar seu lugar durante o discurso de Netanyahu. Cardin, conhecido por suas posições firmemente pró-Israel, assumirá essa responsabilidade importante enquanto se prepara para a aposentadoria do Congresso. A escolha de Cardin como representante é indicativa da continuidade do suporte ao Estado de Israel, apesar das divisões políticas.
A vinda de Netanyahu ao Congresso não foi pacífica, provocando reações diversas entre os democratas. Muitos membros do partido planejam boicotar o discurso, como forma de protesto contra as políticas adotadas por Netanyahu durante sua gestão da guerra e sua atitude em relação aos conflitos com o Hamas. Essas ações ressaltam as complexas dinâmicas políticas e as distintas abordagens dentro do mesmo partido em relação a temas de política externa sensíveis.
O líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, também expressou seu descontentamento em relação às políticas de Netanyahu, chamando-o de “grande obstáculo à paz” e defendendo mudanças de liderança para o progresso na resolução do conflito. Este cenário reflete as profundas divisões dentro do partido sobre como abordar a situação no Oriente Médio e as relações externas com Israel.
Esta situação demonstra como as divergências internas e a gestão de prioridades políticas podem influenciar as ações e decisões dos líderes democratas, refletindo as complexas relações internacionais que os Estados Unidos mantêm com Israel.
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*Com informações Terra Brasil
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