
As equipes de combate aos incêndios florestais no Pantanal, Mato Grosso do Sul, estão enfrentando um desafio crítico na região da Nhecolândia, onde um incêndio florestal foi iniciado há dois dias após a explosão de um caminhão de transporte de gado. O coronel Adriano Rampazo, subcomandante-geral do Corpo de Bombeiros e chefe das operações, explicou que o caminhão, atolado em areia, gerou um incêndio que se alastrou rapidamente.
Iniciado na terça-feira (23), o incêndio levou à mobilização de cinco viaturas que enfrentaram dificuldades para acessar a área. As equipes chegaram ao local apenas no dia seguinte, e nesta quinta-feira (25), foram enviados mais 15 militares por helicóptero. Rampazo destacou a importância das aeronaves para superar as limitações de acesso e a dificuldade de transporte em uma região de difícil acesso.
“A área é muito sensível, com muitas fazendas e próxima ao Parque Estadual do Rio Negro. O combate será intenso, pois a região é crítica e o fogo representa um grande desafio”, afirmou Rampazo. O uso de aeronaves, incluindo o KC-390 da Força Aérea Brasileira (FAB) e o apoio do Ibama, tem sido crucial para a mobilidade das equipes e a contenção do fogo.
A Operação Pantanal, que completa hoje 115 dias, enfrenta uma situação alarmante: a área queimada já atinge quase 607 mil hectares, com um aumento de mais de 2.397% em relação ao ano passado. Os focos de calor também aumentaram significativamente, superando 3,2 mil, um crescimento de 1.449% em comparação com 2023.
Enquanto o foco atual está na Nhecolândia, a região do Rabicho já está sob controle e monitoramento. A operação continua a intensificar seus esforços para conter o avanço das chamas e minimizar os danos ao ecossistema do Pantanal.
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