Terça, 09 de Setembro de 2025
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Bolsonaro impõe condição ao PL: Exige rompimento com o PT em alianças regionais

Ex-presidente ameaça fazer campanha contra candidatos do partido caso alianças com o PT sejam confirmadas em cidades-chave

31/07/2024 às 11h32
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
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Um clima de tensão tomou conta do Partido Liberal (PL) após uma mensagem contundente enviada por Jair Bolsonaro em um grupo fechado no WhatsApp. O ex-presidente, principal figura do partido, deixou claro que se recusa a apoiar candidatos da sigla que se aliem ao PT nas eleições municipais deste ano. A discordância de Bolsonaro reflete um embate interno no PL, que está negociando alianças regionais controversas com o Partido dos Trabalhadores.

A polêmica é particularmente acentuada em cidades como Jaciara, no Mato Grosso, onde Bolsonaro obteve 67,92% dos votos nas eleições presidenciais de 2022, contra 32,08% para Lula. Apesar do resultado expressivo a favor de Bolsonaro, o PL está considerando uma aliança local com o PT. Se essa coligação for confirmada, Bolsonaro ameaça apoiar candidatos de outros partidos na cidade e fazer campanha contra os postulantes da união PT/PL.

"Confirmada a coligação PT/PL em Jaciara, me coloco à disposição de candidatos de outros partidos para ir a esse município e fazer campanha contra os candidatos da coligação PT/PL", afirmou Bolsonaro em uma mensagem no grupo.

A situação é semelhante em Carapebus, no Rio de Janeiro, onde o PL está avaliando uma possível coligação com o PT e o PDT. Em Carapebus, Bolsonaro recebeu 56,25% dos votos em 2022, enquanto Lula obteve 43,75%. O ex-presidente vê como incoerente que o PL critique a aliança de Lula com Nicolás Maduro, enquanto considera coligar-se com o PT, que também manifestou apoio ao ditador venezuelano.

Nos bastidores, Bolsonaro argumenta que a política nacional deve prevalecer sobre interesses regionais e que a aliança com o PT é uma contradição inaceitável. O PL agora enfrenta o desafio de decidir se manterá as alianças com o PT ou se recuará para evitar o confronto com a principal liderança do partido. A decisão pode ter implicações significativas para a estratégia eleitoral do PL e o alinhamento político interno.

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*Com informações Metrópoles

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