O presidente da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, emitiu um comunicado ontem informando que solicitará a prisão do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ao Tribunal Penal Internacional (TPI) em Haia, na Holanda. A medida foi motivada por supostas violações de direitos humanos e crimes cometidos após a eleição presidencial do país.
Almagro lembrou que, antes das eleições, Maduro prometeu um “banho de sangue” caso a oposição vencesse, e agora está cumprindo essa promessa. Até o momento, 17 pessoas morreram e 1.062 foram presas em manifestações contra o resultado eleitoral anunciado pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE), que ainda não apresentou as atas detalhando a votação no país.
O comunicado de Luis Almagro destaca uma série de violações de direitos humanos e atos de violência ocorridos na Venezuela após o anúncio dos resultados eleitorais. A pressão internacional para que a Venezuela apresente os detalhes da votação está crescendo. A oposição alega ter obtido cerca de 80% das atas eleitorais do país, que indicariam um resultado oposto ao apresentado pelo CNE, com vitória da oposição.
Segundo a oposição, as atas eleitorais em sua posse sugerem que a eleição foi fraudada em favor de Maduro. Esses documentos, que envolvem aproximadamente 80% das atas eleitorais, apontam para uma vitória da oposição, divergindo fortemente dos números divulgados oficialmente pelo CNE.
Durante a reunião de ontem, a OEA discutiu a situação crítica na Venezuela e tentou aprovar uma resolução exigindo a divulgação de todas as atas eleitorais por parte do governo de Caracas. No entanto, a proposta não foi aprovada. Na votação, 17 países foram a favor da medida, 11 se abstiveram, incluindo Brasil, Colômbia e México, nenhum votou contra, e cinco países estiveram ausentes. Para ser aprovada, a resolução necessitava de ao menos 18 votos a favor, mas isso não foi alcançado.
A reação internacional tem sido de condenação e pedidos para que a democracia e os direitos humanos sejam respeitados na Venezuela. A comunidade internacional aguarda o próximo passo da OEA e do Tribunal Penal Internacional em Haia.
“Maduro prometeu um banho de sangue, e estamos indignados ao ouvir isso, ainda mais agora que ele está cumprindo a promessa. Há premeditação e brutalidade evidentes. É hora de apresentar acusações e emitir um mandado de prisão pela Justiça Criminal”, afirmou Luis Almagro em comunicado.
A situação na Venezuela continua sendo monitorada de perto, enquanto a pressão sobre Nicolás Maduro e seu governo aumenta. A expectativa é de que essa movimentação da OEA possa levar a uma maior transparência e justiça nas questões eleitorais venezuelanas.
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*Com informações Terra Brasil
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