O Hamas convocou um “dia de raiva avassaladora” para esta sexta-feira (2) em resposta à morte de Ismail Haniyeh, ex-líder político do grupo, que foi morto em um ataque aéreo israelense em Teerã. A declaração foi feita em um comunicado oficial, no qual o grupo terrorista islâmico palestino pediu ao mundo árabe, especialmente aos palestinos na Cisjordânia, que saiam às ruas para protestar contra o que descrevem como um “crime de assassinato” e uma rejeição ao “genocídio” na Faixa de Gaza.
Haniyeh, que residia no Catar desde 2019, estava em Teerã para participar da posse do novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, quando o ataque ocorreu na terça-feira (30). A morte do líder islâmico foi confirmada na quarta-feira (31). O ataque também resultou na morte de seu guarda-costas, mas detalhes sobre como foi realizado ainda não foram totalmente esclarecidos. Israel não assumiu a responsabilidade pelo ataque, embora tanto o Hamas quanto o Irã o acusam diretamente.
O Hamas orientou a realização de orações de ausência por Haniyeh em todas as mesquitas da Cisjordânia após as orações de sexta-feira, em um gesto de fidelidade ao líder falecido e aos “sangues dos mártires”. A organização também incitou os palestinos a se revoltarem contra a “ocupação sionista” e a apoiar os habitantes da Faixa de Gaza, onde um conflito prolongado já resultou em cerca de 39.500 mortes.
A cerimônia de funeral de Haniyeh está programada para acontecer em Doha, após a transferência de seu corpo do Irã para o Catar. A convocação para o “dia de raiva” reflete uma estratégia comum do Hamas, que frequentemente organiza protestos e manifestações como uma forma de mobilizar a opinião pública e aumentar a pressão sobre Israel.
A expectativa é de que os protestos possam intensificar as tensões na região e gerar um aumento nos confrontos entre grupos palestinos e forças israelenses. A comunidade internacional observa de perto os desdobramentos desta nova fase de conflito, enquanto o Hamas busca mobilizar um apoio massivo em resposta à morte de seu líder.
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*Com informações Pleno News