Terça, 09 de Setembro de 2025
Publicidade

Impasse na reforma tributária: Lira convoca reunião de emergência após suspensão de emendas impositivas pelo STF

Reunião com líderes partidários adia votação dos destaques da reforma tributária; CMO rejeita medida provisória como possível retaliação ao Supremo

15/08/2024 às 11h27
Por: Tatiana Lemes
Compartilhe:
Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

A votação dos destaques da regulamentação da reforma tributária, prevista para esta quarta-feira (14), foi adiada devido a uma reunião de emergência convocada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP/AL). O encontro com líderes partidários ocorreu em resposta ao impasse gerado pela decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu a execução das emendas impositivas.

Lira convocou a reunião para discutir o impacto da decisão de Dino, que determinou a suspensão das emendas parlamentares até que o Congresso atenda aos requisitos de transparência e rastreabilidade. As emendas impositivas incluem transferências especiais (PIX), emendas individuais com finalidade específica e emendas de bancada, todas obrigatórias para o Executivo.

Durante o dia, Lira se reuniu em uma sala reservada, buscando uma solução para o conflito. Em declaração, ele expressou descontentamento com a decisão do STF, ressaltando a importância da autonomia do Legislativo na alocação de recursos e enfatizando que o Orçamento é uma prerrogativa do Congresso Nacional.

Enquanto isso, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD/MG), está considerando propor um projeto de lei para redefinir a distribuição dos recursos das emendas parlamentares. A proposta pode ser integrada à discussão da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), sugerindo que os parlamentares especifiquem os projetos beneficiados pelos recursos.

Além disso, a Comissão Mista de Orçamento (CMO) rejeitou uma medida provisória que solicitava crédito extraordinário de R$ 1,3 bilhão para o Poder Judiciário. A rejeição foi interpretada como uma possível retaliação ao STF pela decisão sobre as emendas impositivas. O relator da MP, deputado Cabo Gilberto (PL/PB), argumentou que a matéria não cumpria os requisitos de relevância e urgência necessários para a aprovação de uma medida provisória.

A rejeição da MP gerou críticas de alguns parlamentares, como o deputado Orlando Silva (PCdoB/SP), que argumentou que a rejeição poderia ser uma resposta inadequada à situação atual, sem resolver o problema de fundo.

Esses eventos refletem a crescente tensão entre os Poderes e destacam a complexidade da regulamentação da reforma tributária, além de evidenciar os desafios enfrentados pelo Congresso em meio a decisões judiciais que afetam o processo legislativo.

Receba as principais notícias do Brasil pelo WhatsApp. Clique aqui para entrar na lista VIP do WK Notícias. 

*Com informações R7

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários