O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi alvo de críticas ao supostamente utilizar a estrutura do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para investigar pessoas que o insultaram durante um evento em Nova York, logo após as eleições de 2022. Segundo reportagem publicada pela Folha de S. Paulo, a investigação faz parte de uma série de vazamentos chamada ‘Vaza Toga’ e teria ocorrido em novembro de 2022.
Na ocasião, Moraes participou de um evento promovido pelo ex-governador João Doria, que contou também com a presença dos ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Luís Roberto Barroso e Ricardo Lewandowski. Antes mesmo de chegar aos Estados Unidos, Moraes acionou o TSE para monitorar publicações em redes sociais que convocavam manifestações contra os ministros na cidade americana.
De acordo com as informações, o juiz Marco Antônio Vargas, então ligado ao TSE, foi responsável por requisitar o monitoramento das postagens à Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED). O relatório produzido identificou mensagens que convocavam manifestantes bolsonaristas e continham ameaças diretas a Moraes.
A decisão de envolver o TSE no monitoramento gerou discussões internas, pois a situação não estava diretamente ligada ao combate à desinformação eleitoral. Mesmo assim, a medida foi justificada pela necessidade de rapidez na resposta para proteger a integridade dos ministros.
Em nota, o gabinete de Moraes defendeu a legalidade e a regularidade dos procedimentos, afirmando que todos estão documentados nos inquéritos em curso e contaram com a participação da Procuradoria-Geral da República.
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