Na noite desta quinta-feira (22), o candidato do PRTB à Prefeitura da capital, Pablo Marçal, respondeu às recentes acusações feitas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante uma entrevista. A troca de farpas entre Marçal e Bolsonaro teve início nas redes sociais e ganhou novos desdobramentos com as declarações do ex-presidente, que acusou Marçal de "falta de caráter."
Em um evento com empresários, Marçal rebateu as críticas de Bolsonaro, enfatizando que não há uma ruptura definitiva entre eles, mas deixou claro que está aberto a aprender com o ex-presidente sobre o que significa ter caráter. “Se me falta caráter, ele pode me ensinar. Ele que ficou 27 anos no Parlamento tomando pancada, tomou facada, ele deve ter aprimorado bastante o caráter dele. Eu tô à disposição dele como aluno, chamo ele de senhor e tá tudo certo”, declarou Marçal.
Marçal também reiterou sua posição de que participou ativamente da eleição de Bolsonaro, uma afirmação que havia gerado tensão entre os dois. Ele afirmou que não espera apoio de Bolsonaro durante sua campanha para a Prefeitura e indicou que está aberto a uma reconciliação após as eleições. “Depois que passa a eleição, tá tudo certo. Não tem ruptura”, disse Marçal.
O ex-presidente Bolsonaro, por sua vez, não poupou críticas e reiterou suas acusações em uma entrevista. Bolsonaro afirmou que Marçal demonstrou falta de caráter ao mudar de lado na reta final da campanha presidencial de 2022, depois de ter criticado Bolsonaro durante a eleição. “Ele me esculhambava até perto da eleição de 2022. Dizia que a diferença entre Lula e eu se resumia a um dedo e me chamou de ‘quadrilheiro’. Poucas semanas depois, quando não pôde ser candidato à Presidência, mudou de lado na reta final da campanha. Isso é falta de caráter”, declarou Bolsonaro.
A polêmica também envolveu Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente, que sugeriu que eleitores de direita que não apoiam Ricardo Nunes (MDB) votem em Marina Helena (Novo) para não ajudar Marçal. Marçal não hesitou em responder, chamando Carlos de “retardado” e “estúpido”, enquanto expressava que suas críticas eram parte de um padrão de comportamento que atrapalhou sua própria eleição presidencial. “O Carlos que tem problema comigo. Eu tento preservar o Carlos, mas ele é um retardado mental, um estúpido. Mas, pelo presidente, eu vou relevar aquele comentário”, afirmou Marçal.
A troca de acusações e provocações entre os políticos reflete um clima tenso na política local e nacional, evidenciando as complexas relações e rivalidades que moldam o cenário eleitoral atual.
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*Com informações Metrópoles
