O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, recebeu uma delegação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) do Brasil durante a XI Cúpula da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (ALBA-TCP), realizada na terça-feira (27). Durante o encontro, Maduro convidou o MST a enviar uma "brigada de mil homens e mulheres" para ajudar na produção agrícola venezuelana, como parte de uma estratégia para superar a crise alimentar que assola o país.
Em seu discurso, Maduro usou um boné do MST e agradeceu a presença dos militantes. Ele fez um apelo direto: "Convido o MST que também venha com centenas de seus agricultores, que venham produzir na Venezuela". O presidente venezuelano destacou a importância de fortalecer parcerias internacionais, afirmando que a ajuda do MST poderia ser um recurso valioso para alavancar a produção agrícola na Venezuela.
O convite acontece em um momento crítico para a Venezuela, que enfrenta uma grave crise econômica e social, com escassez de alimentos e produtos básicos. A produção agrícola local caiu drasticamente nos últimos anos, e o governo busca medidas emergenciais para aumentar a produção interna. A proposta de Maduro ao MST representa uma tentativa de obter apoio internacional para enfrentar esses desafios.
Além das dificuldades econômicas, o cenário político na Venezuela também é de grande incerteza. A recente reeleição de Nicolás Maduro foi amplamente contestada pela oposição e parte da comunidade internacional, que questiona a legitimidade do processo eleitoral. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, equivalente ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no Brasil, apontou irregularidades na reeleição de Maduro, e até o momento, as atas eleitorais que poderiam confirmar ou refutar a vitória do líder chavista não foram divulgadas.
O convite de Nicolás Maduro ao MST não é o primeiro do tipo, mas surge em um contexto de desafios internos significativos na Venezuela. Resta saber como o movimento brasileiro responderá ao pedido e quais serão os próximos passos dessa possível colaboração internacional em meio a uma crise tão profunda.
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*Com informações Terra Brasil
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