Segunda, 16 de Setembro de 2024
Publicidade

Déficit histórico de R$ 1,1 trilhão e a gestão de Lula: O impacto do rombo fiscal no setor público brasileiro

A alta dos juros e os gastos exorbitantes com a dívida pública estão acelerando a crise fiscal, comprometendo o futuro econômico do país

30/08/2024 às 11h28 Atualizada em 06/09/2024 às 06h26
Por: Tatiana Lemes
Compartilhe:
Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

O setor público consolidado brasileiro, abrangendo União, Estados, municípios e estatais, registrou um rombo recorde de R$ 1,128 trilhão no acumulado dos últimos 12 meses até julho de 2024. Este déficit é o maior desde o início da série histórica em 2001, conforme revelado pelo Banco Central em seu relatório “Estatísticas Fiscais” divulgado na sexta-feira (30). Em comparação com o mês de junho, quando o déficit era de R$ 1,108 trilhão, houve um aumento preocupante de R$ 19,6 bilhões.

Continua após a publicidade
Anúncio

A magnitude desse déficit, equivalente a 10,02% do PIB (Produto Interno Bruto), é alarmante e reflete um cenário fiscal crítico. A principal causa desse rombo é o elevado gasto com o serviço da dívida pública, que, em 12 meses até julho, consumiu R$ 869,8 bilhões, representando 77,1% do déficit nominal total. Esse gasto exorbitante é um reflexo da alta taxa de juros, com a Selic mantida acima de 10% desde fevereiro de 2022. A elevada taxa de juros não apenas encarece o serviço da dívida, mas também tem um efeito nocivo sobre o crescimento econômico, uma vez que consumidores e investidores enfrentam custos financeiros mais altos.

O relatório “Estatísticas Fiscais” também revela outros dados preocupantes: o déficit primário, que exclui os juros da dívida, é de R$ 257,7 bilhões, e a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) alcançou 78,5% do PIB, totalizando R$ 8,8 trilhões. Esses números evidenciam um cenário fiscal desafiador que requer medidas imediatas e eficazes.

A crise fiscal tem implicações sérias para a economia brasileira. Um déficit nominal tão elevado pressiona ainda mais a dívida pública, tornando seu serviço mais oneroso e limitando os recursos disponíveis para investimentos essenciais. Além disso, a manutenção da taxa Selic alta, em uma tentativa de controlar a inflação, acaba exacerbando a crise ao elevar os custos de financiamento, prejudicando o crescimento econômico.

Para reverter essa tendência preocupante, será necessário um esforço coordenado entre as diversas esferas do governo. Medidas de contenção de gastos e políticas para estimular o crescimento econômico são imprescindíveis. A implementação de reformas estruturais significativas também é crucial para melhorar a eficiência do setor público e a gestão da dívida.

O governo precisa agir com urgência para mitigar os efeitos deste déficit histórico e criar um ambiente econômico mais estável e promissor para o futuro do país. Sem ações robustas, o Brasil pode enfrentar desafios econômicos ainda mais graves, comprometendo seu crescimento e estabilidade a longo prazo.

Receba as principais notícias do Brasil pelo WhatsApp. Clique aqui para entrar na lista VIP do WK Notícias. 

Continua após a publicidade

*Com informações Terra Brasil

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
Campo Grande, MS
21°
Tempo nublado

Mín. 17° Máx. 35°

21° Sensação
5.14km/h Vento
73% Umidade
0% (0mm) Chance de chuva
06h33 Nascer do sol
06h33 Pôr do sol
Ter 31° 17°
Qua 35° 19°
Qui 39° 22°
Sex 41° 26°
Sáb 41° 29°
Atualizado às 14h02
Economia
Dólar
R$ 5,51 -0,92%
Euro
R$ 6,13 -0,61%
Peso Argentino
R$ 0,01 -1,02%
Bitcoin
R$ 338,721,03 -3,87%
Ibovespa
134,956,75 pts 0.06%
Publicidade