Terça, 09 de Setembro de 2025
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Disputa pela presidência da Câmara esquenta: Resistência ao nome de Elmar Nascimento, pupilo de Lira

Apesar do apoio implícito de Arthur Lira, Elmar Nascimento enfrenta resistência e uma corrida acirrada com outros candidatos na Câmara

02/09/2024 às 10h21 Atualizada em 06/09/2024 às 06h18
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

A eleição para a presidência da Câmara dos Deputados, marcada para fevereiro do próximo ano, promete ser um campo de batalha intenso. Apesar da preferência conhecida de Arthur Lira (PP-AL) pela pré-candidatura de Elmar Nascimento (União Brasil-BA), o cenário idealizado pelo atual presidente da Câmara parece cada vez mais improvável.

Na última terça-feira, três dos principais adversários de Nascimento — Marcos Pereira (Republicanos-SP), Antonio Brito (PSD-BA) e Isnaldo Bulhões Jr (MDB-AL) — se reuniram em Brasília e deixaram claro que não recuarão de suas candidaturas, mesmo com o apoio de Lira a Nascimento. A previsão é de uma disputa acirrada, com todos os candidatos decididos a marcar presença no pleito.

Nascimento enfrenta resistência significativa dentro da própria Câmara. Conhecido por seu trato difícil e até truculento, ele não goza de ampla simpatia entre seus colegas. A bancada do PT, por exemplo, prefere Antonio Brito e está disposta a seguir a orientação de Lula, que, apesar de afirmar que não interferirá na escolha do Legislativo, pode ter um papel indireto na disputa. Ministros do governo também consideram apoiar Marcos Pereira, que tem buscado aproximação com o Palácio do Planalto.

Além disso, Nascimento enfrentou dois reveses significativos na gestão Lula. Apesar de ter sido cotado para o Ministério de Minas e Energia, sua proximidade com grandes empresários do setor de gás acabou por vetar sua nomeação. Uma segunda tentativa de indicá-lo para o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional também fracassou devido à oposição do chefe da Casa Civil, Rui Costa. A proximidade de Nascimento com Costa, um adversário político, complicou ainda mais sua situação.

A resistência à candidatura de Nascimento na Câmara reflete uma crítica que alguns deputados fazem: se ele foi vetado para um ministério, sua candidatura à presidência da Câmara pode ser igualmente rejeitada. Isso evidência um cenário de divisão e intriga, onde interesses variados se entrelaçam na disputa pelo cargo mais poderoso do Legislativo.

Com o panorama atual, a eleição para a presidência da Câmara não apenas revela as tensões internas do Congresso, mas também destaca as complexas relações entre o Legislativo e o Executivo. A disputa promete ser um dos principais focos de atenção no cenário político nacional nos próximos meses.

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*Com informações Veja

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