Hugo Motta enfrenta resistência entre bolsonaristas na disputa pela presidência da Câmara, apesar do apoio de Bolsonaro

O deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), que recebeu uma medalha do ex-presidente Jair Bolsonaro, está se consolidando como um candidato competitivo para suceder Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara dos Deputados. No entanto, sua candidatura não é um consenso entre a bancada bolsonarista.

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Nos bastidores, parte dos deputados bolsonaristas demonstrou resistência ao nome de Motta, principalmente devido ao seu alinhamento com Marcos Pereira, presidente nacional do Republicanos, e ao seu histórico de governismo. Pereira, que inicialmente era candidato à presidência da Câmara, desistiu em favor de Motta. Após a desistência, Motta buscou apoio tanto de Lula quanto de Bolsonaro.

Apesar do apoio do ex-presidente Bolsonaro, que entregou uma medalha simbólica a Motta, a resistência persiste. A resistência está ligada ao apoio de Pereira ao PL das Fake News e à sua proximidade com o PT. Além disso, bolsonaristas compartilham dados que mostram uma taxa de governismo de 75% para Motta, maior que a de Elmar Nascimento (União-BA), outro nome considerado pelos bolsonaristas.

Antes da desistência de Pereira, Elmar era visto como o favorito tanto de Lira quanto da maioria dos bolsonaristas por ser considerado “mais independente” em relação ao governo. No entanto, após o encontro amistoso entre Motta e Bolsonaro, que contou com a presença do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e do senador Ciro Nogueira (PP-PI), aliados de Motta acreditam que a resistência bolsonarista pode diminuir.

Bolsonaro afirmou que apoiará o candidato escolhido por Lira, mas sinalizou não ter restrições ao nome de Motta. Após a reunião com Bolsonaro, Motta também se encontrou com o presidente Lula, acompanhado de Pereira e do ministro dos Portos, Silvio Costa Filho (Republicanos).

Com o apoio formal de Bolsonaro, a próxima etapa para Motta será conquistar o apoio total da bancada bolsonarista e lidar com as negociações por espaços na Mesa Diretora e nas comissões da Câmara. Os aliados de Motta esperam que ele faça uma defesa pública de pautas importantes, como o PL da Anistia aos condenados pelo 8 de janeiro.

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*Com informações Metrópoles