Em um evento realizado no Palácio do Planalto na manhã desta terça-feira (17), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez uma defesa contundente do ajuste fiscal em curso, afirmando que a recuperação das contas públicas está sendo realizada “com muita dificuldade” e exige “muita paciência e muita negociação”. Haddad sublinhou que o Brasil enfrentou uma década de desarranjo financeiro, com déficits acumulados que totalizaram quase R$ 2 trilhões.
“O nosso país gastou quase R$ 2 trilhões a mais do que podia nos últimos dez anos, resultando em déficits primários e uma economia sem resultados positivos”, criticou Haddad. Ele enfatizou a necessidade de enfrentar a “mania” de produzir déficits e ressaltou que, embora o ajuste fiscal atual demande paciência, ele é crucial para assegurar um futuro econômico mais estável.
O ministro também defendeu o novo arcabouço fiscal, uma proposta de controle dos gastos públicos que entrou em vigor em 2024. “Precisamos perseverar na aplicação do arcabouço fiscal para reestabilizar as finanças do país. Só assim poderemos voltar a crescer acima da média mundial, algo que o Brasil não tem feito nos últimos dez anos”, afirmou.
Haddad apontou a exportação como um possível “carro-chefe” para o próximo ciclo econômico do Brasil. Ele destacou três fatores que podem impulsionar as exportações: a reforma tributária, o crédito para exportação e a promoção do seguro para exportações brasileiras.
O evento contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin, e de outras figuras importantes, incluindo os presidentes da Apex e do Sebrae. A cerimônia marcou a assinatura de um convênio entre o Sebrae e a ApexBrasil, destacando o esforço contínuo para promover o crescimento econômico e a sustentabilidade financeira do país.
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*Com informações Metrópoles
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