Novas explosões atingiram membros do Hezbollah nesta quarta-feira (18), em Beirute e no sul do Líbano, resultando na morte de três pessoas. Os ataques aconteceram durante os funerais das vítimas de outro atentado, ocorrido no dia anterior, envolvendo explosões de pagers hackeados. Acredita-se que os dispositivos de comunicação, comprados há cinco meses, foram sabotados, com investigações apontando para possíveis agentes israelenses infiltrados.
Na terça-feira (17), a primeira onda de explosões em pagers usados pelo Hezbollah deixou 12 mortos, incluindo duas crianças, e mais de 2,8 mil feridos, com 460 precisando de cirurgia. As explosões, que aconteceram quase simultaneamente em várias localidades no Líbano e partes da Síria, foram atribuídas a uma possível invasão e manipulação dos dispositivos por hackers, segundo a agência árabe Al Jazeera. Além da hipótese de hackeamento, especialistas em tecnologia consideram que os ataques podem ter sido obra de sabotagem por parte de Israel.
Os dispositivos, incluindo walkie-talkies e pagers, foram fabricados pela empresa taiwanesa Gold Apollo, e o Hezbollah os adquiriu há cinco meses. As explosões de hoje ocorreram justamente enquanto se realizavam os funerais das vítimas das explosões de terça-feira, aumentando ainda mais a tensão em um cenário já abalado por violência e incertezas no Líbano.
As investigações sobre a origem dos ataques continuam, e o grupo Hezbollah ainda não emitiu um comunicado oficial sobre os incidentes. O clima de instabilidade no Líbano se intensifica, e o grupo enfrenta pressão crescente, tanto interna quanto externa, para lidar com as ameaças de sabotagem e ciberataques que têm minado sua capacidade de comunicação.
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*Com informações Metrópoles
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