A paralisação dos policiais civis em Mato Grosso do Sul afeta o atendimento nas delegacias do Estado, que funcionarão apenas para serviços essenciais nas próximas 24 horas. Cerca de 1.200 agentes estão envolvidos na manifestação, que ocorre em Campo Grande, na frente da Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) do Centro.
Durante o período de paralisação, apenas casos de flagrante, medidas protetivas e situações com vítimas receberão atendimento. O registro de boletins de ocorrência e o atendimento ao público estão suspensos.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul (Sinpol), Alexandre Barbosa, o Governo não cumpriu um acordo que previa a elevação do salário dos policiais para o 6º lugar no país. "O acordo era aumento de 30% parcelado em 3 anos, mas isso não se concretizou", afirmou.
Além disso, Barbosa mencionou que o Governo havia prometido incorporar o auxílio-alimentação de R$ 400 ao salário, o que também não ocorreu. O novo acordo proposto pelo Governo, enviado na quarta-feira (18), prevê a incorporação do auxílio-alimentação e um aumento de R$ 130 para as classes iniciais, mas a categoria só irá avaliar essa proposta no próximo sábado (21).
Atualmente, o Estado conta com cerca de 1.600 policiais civis na ativa. A paralisação, que começou na manhã de quinta-feira (19), está programada para durar até às 8 horas de sexta-feira (20). No dia 5 deste mês, os agentes já haviam realizado uma manifestação semelhante, com 70% dos policiais paralisados e apenas serviços essenciais funcionando, destacando a necessidade de um canal de negociação com o Governo.
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