A crise diplomática entre Argentina e Venezuela atinge novos patamares, com a emissão de ordens de captura pelo governo de Nicolás Maduro contra o presidente argentino Javier Milei, sua irmã Karina e a ministra da Segurança, Patricia Bullrich. O procurador chavista Tarek William Saab confirmou as ordens, em um contexto de crescente confronto após promotores argentinos requisitarem a prisão de Maduro e seu aliado Diosdado Cabello por graves violações de direitos humanos.
As acusações contra o governo venezuelano incluem tortura, sequestro e execuções sumárias, em um suposto plano sistemático de repressão. A ação dos promotores argentinos, Carlos Stornelli e José Agüero Iturbe, é apoiada por vítimas e pelo advogado Tomás Farini Duggan, que representa diversas organizações de direitos humanos. Essa iniciativa jurídica fundamenta-se na justiça universal, permitindo que crimes de magnitude sejam julgados além das fronteiras.
Além disso, a apreensão de um avião Boeing 747, supostamente ligado a atividades ilícitas da Guarda Revolucionária do Irã, também exacerbou a crise. Com a repressão a opositores, muitos buscaram asilo na embaixada argentina em Caracas, levando o Brasil a assumir a custódia das embaixadas de Argentina e Peru na Venezuela.
A comunidade internacional observa com atenção os desdobramentos dessa tensão, que reflete desafios maiores na luta contra regimes autoritários e na busca por justiça para vítimas de abusos de poder.
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