Quinta, 13 de Novembro de 2025
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Tragédia em Jaraguari: Um mês após o rompimento da barragem, famílias atingidas enfrentam desamparo

Moradores ainda lidam com os efeitos da enxurrada de 800 milhões de litros de água; promessas de apoio seguem sem resposta concreta

20/09/2024 às 12h08
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Divulgação/CCR MSVia
Foto: Divulgação/CCR MSVia

Desde o rompimento da barragem do condomínio de luxo Nasa Park, que liberou cerca de 800 milhões de litros de água, muitas residências em Mato Grosso do Sul permanecem cercadas pela lama e o mau cheiro. A falta de apoio efetivo das autoridades é amplamente relatada por moradores que enfrentam consequências devastadoras.

Um levantamento da Defesa Civil aponta que cinco famílias foram diretamente impactadas, perdendo quase tudo, incluindo suas casas e meios de subsistência. A situação se agrava, pois as autoridades ainda não ofereceram soluções concretas para a recuperação das áreas afetadas.

Investigações revelam que a barragem, construída em 1998, não passou por manutenção técnica em 26 anos. O CREA-MS (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) confirmou a ausência de Anotações de Responsabilidade Técnica (ART) para manutenção, e o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) classificou a estrutura como irregular, sem autorização para a construção.

Após o desastre, o Imasul impôs uma multa de R$ 2,05 milhões aos proprietários da represa, devido a diversas infrações. Além disso, o Ibama já havia multado a empresa responsável em 2008 por ocupação irregular em área de preservação permanente.

A prefeitura de Jaraguari afirma estar prestando assistência social básica às famílias afetadas, mas a desconfiança persiste em relação às promessas de ressarcimento por parte da empresa responsável. A A&A Empreendimentos Imobiliários, que controla o Nasa Park, chegou a prometer compensações, mas muitos moradores aguardam ações mais concretas.

A tragédia em Jaraguari destaca não apenas os desafios enfrentados pelas famílias, mas também questões de responsabilidade e regulamentação que ainda precisam ser abordadas para evitar novos desastres.

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*Com informações Midiamax

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