Em seu mais recente discurso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a atacar defensores da privatização da Petrobras, chamando-os de "bando de imbecis". Lula também insistiu na tese de que a Operação Lava Jato foi uma estratégia para "desmoralizar" a estatal e facilitar sua venda. A declaração acalorada revela o inconformismo do presidente com qualquer movimento de privatização, posicionamento que já havia sido destacado no editorial de domingo, 22, pelo jornal O Estado de S. Paulo. O jornal criticou duramente a postura de Lula em relação à iniciativa privada, destacando sua constante campanha contra a venda de estatais.
No mesmo discurso, Lula celebrou a "inauguração" do Complexo de Energias Boaventura, anteriormente conhecido como Comperj, no Rio de Janeiro — um projeto marcado pela corrupção e pela ineficiência. Lançado ainda no segundo mandato do petista, o empreendimento, que deveria ter custado US$ 6,2 bilhões aos cofres públicos, já consumiu quase cinco vezes esse valor e, após 16 anos, ainda não opera em sua capacidade total. Segundo o editorial do Estadão, Lula transformou o que deveria ser um momento constrangedor em um "ato de reparação", numa tentativa de redimir um dos maiores símbolos do "lulopetismo" que arruinou o Brasil com seus gastos descontrolados e escândalos de corrupção.
Além disso, o presidente demonstrou um claro desprezo pelo setor privado em sua fala no Comperj, desacreditando os empresários brasileiros ao insinuar que seriam incapazes de promover melhorias na vida da população. “A julgar pelas palavras do petista, todo o setor produtivo deveria estar sob controle do Estado”, apontou o editorial. A postura de Lula reflete seu desejo de um Estado controlador, em uma campanha aberta contra a iniciativa privada, que não se curva aos seus delírios de centralização e autoritarismo.
*Com informações Revista Oeste
