
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou aos novos ministros que sejam tomadas providências para revogar os atos que dão seguimento às privatizações de estatais.
O despacho publicado nesta segunda-feira (2) justifica a medida em razão de uma “necessidade de assegurar uma análise rigorosa dos impactos da privatização sobre o serviço público ou sobre o mercado no qual está inserida a referida atividade econômica”.
De fato, o governo petista está mais preocupado em desfazer o que o presidente Jair Bolsonaro fez ao longo do seu mandato, a ter que prosseguir com a benfeitorias deixadas por ele, uma delas foi a isenção de impostos sobre combustíveis.
Lula, até pretendia voltar com os impostos a partir de 1º de janeiro, mas após a denúncia do presidente em sua live, teve que recuar e prorrogar um pouco mais.
Veja a lista de empresas que devem ser incluídas nesta determinação:
Com base nas empresas listadas, a adoção de medidas para interromper a desestatização das companhias foi instada aos ministros da Casa Civil, da Agricultura e Pecuária, de Minas e Energia, das Comunicações, da Fazenda, da Previdência Social e ao secretário de Comunicação Social, além do presidente do PPI.
Após a publicação do despacho, as ações da Petrobras chegaram a cair mais de 6% nesta manhã, com os investidores ainda de olho nas ações do futuro presidente da companhia, Jean Paul Prates.
Ibovespa em queda
O Ibovespa fechou em queda em seu primeiro pregão do ano e primeiro desde sob influência de Lula do PT. O principal índice da bolsa brasileira registrou baixa de 3,06%, aos 106.376,02 pontos.
O mercado repercutiu o discurso de Lula ao assumir o comando do Palácio do Planalto pela terceira vez, que voltou a criticar a regra do teto de gastos e prometendo revogá-la.
Nesta segunda-feira, Lula determinou a ministros que adotem providências para revogar atos que dão andamento à privatização de uma série de estatais, como Petrobras, Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA) e Correios.
As ações ordinárias da petroleira encerraram o dia com 6,67% de desvalorização, enquanto as preferenciais com 6,45%. No último dia 30, o presidente anunciou a indicação do senador Jean Paul Prates (PT-RN) para comandar a companhia em seu governo.
O dólar fechou em alta de 1,52% nesta segunda-feira (2), cotado a R$ 5,358, começando 2023 em alta em meio a receios do mercado financeiro sobre novas críticas ao teto de gastos e medidas para travar privatizações por parte do recém-empossado presidente.
Essa foi a maior valorização diária desde 25 de novembro (alta de 1,838%) e patamar de encerramento mais alto desde 28 de novembro (R$ 5,364).
