A campanha do atual prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), recebeu um considerável aporte de R$ 15 milhões do Partido Liberal (PL), que tem forte ligação com o ex-presidente Jair Bolsonaro. Esse valor foi transferido em dois pagamentos distintos: R$ 10 milhões em 29 de agosto e R$ 5 milhões na quinta-feira passada, dia 19.
Com essa contribuição, o PL se torna um dos principais apoiadores da candidatura de Nunes, representando 35,5% da arrecadação total da campanha até agora. O montante se iguala à quantia que o próprio MDB transferiu para sua campanha, totalizando também R$ 15 milhões, divididos em três parcelas, com duas delas realizadas na primeira semana de setembro.
De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a campanha de Nunes já arrecadou mais de R$ 42,2 milhões. Apesar desse montante significativo, ainda está aquém do arrecadado pela campanha de Guilherme Boulos (PSOL), que lidera com impressionantes R$ 65,6 milhões em receitas declaradas.
Além dos R$ 15 milhões do PL, outros partidos aliados de Nunes — como Progressistas, Podemos, PSD, PRD e Solidariedade — contribuíram com um total de R$ 11,7 milhões. A arrecadação também inclui um pouco mais de R$ 556 mil de pessoas jurídicas e R$ 50 de fontes "não identificadas".
O vice na chapa de Nunes é Ricardo de Mello Araújo, um coronel reformado da Polícia Militar e ex-comandante das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), que se alinha politicamente a Bolsonaro. Mello Araújo foi o primeiro candidato a vice a ser oficializado, ainda em julho, embora o ex-presidente não tenha comparecido à cerimônia.
Essa movimentação financeira evidencia a intensificação da disputa eleitoral na cidade, com a pressão crescente sobre Nunes para consolidar sua reeleição em um cenário competitivo e polarizado.
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