No Líbano, a escalada de violência resultante dos bombardeios israelenses contra o Hezbollah tem gerado preocupação entre os brasileiros que residem no país. Carina Kadissi, uma guia turística que vive em Keserwan com seu filho de sete anos e sua mãe, relata um clima de medo crescente e a busca por maneiras de retornar ao Brasil, enfrentando a escassez de voos disponíveis.
Após o aumento da tensão, a Embaixada do Brasil em Beirute emitiu um alerta consular para brasileiros, com instruções de segurança e formulários para uma possível repatriação. Contudo, muitos cidadãos denunciam a falta de apoio efetivo das autoridades brasileiras. A pressão aumenta, especialmente após a morte de brasileiros nos ataques israelenses, incluindo os trágicos casos de Ali Kamala Abdallah, de 15 anos, e Mirna Raef Nasser, de 16 anos, que faleceram junto com seus pais durante os bombardeios. Até agora, os conflitos no Líbano resultaram em mais de 500 mortos e centenas de feridos.
Uma fonte do Itamaraty confirmou que existe uma estratégia pronta para a retirada dos brasileiros, mas aguarda a aprovação do presidente Lula. Hussein Ezzddein, um líbano-brasileiro, destaca a urgência da situação e a pressão para que o governo tome ações rápidas.
Com muitos brasileiros se sentindo abandonados e relatando a ideia de "cada um por si", Carina e outros tentam completar os formulários da embaixada, mas sem resultados concretos até o momento. Aqueles que têm recursos financeiros estão tentando comprar passagens, mas a falta de voos e a incerteza da situação tornam essa tarefa extremamente difícil.
O cenário no Líbano se agrava a cada dia, aumentando a urgência de respostas do governo brasileiro para garantir a segurança de seus cidadãos. Com a situação deteriorando rapidamente, a esperança é de que medidas efetivas sejam tomadas antes que mais vidas sejam tragicamente perdidas.
Receba as principais notícias do Brasil pelo WhatsApp. Clique aqui para entrar na lista VIP do WK Notícias.
*Com informações Terra Brasil