Na última semana, o governo Lula (PT) apresentou o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) para 2025 ao Congresso Nacional, mas uma das promessas mais esperadas pelas classes menos favorecidas ficou de fora: a correção da tabela do Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF). Com isso, milhões de brasileiros que recebem até dois salários mínimos poderão perder a isenção do tributo, uma medida que contraria as expectativas geradas durante a campanha eleitoral.
Com o aumento previsto do salário mínimo para R$ 1.509 em 2025, aqueles que atualmente estão isentos — ganhando até R$ 2.824 — se verão obrigados a pagar imposto de renda, pois a proposta do governo não eleva essa faixa de isenção. Isso significa que, ao receber R$ 3.018 em 2025, quem ganha dois salários mínimos terá que arcar com a tributação.
A falta de correção foi criticada pelo secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, que reconheceu a necessidade de uma atualização na tabela, mas alega que isso requereria medidas compensatórias, complicando ainda mais a situação fiscal do governo. O silêncio da administração federal sobre essa questão tem gerado descontentamento e desconfiança entre os contribuintes, que se lembram das promessas de Lula durante as eleições.
A decisão do governo não apenas reflete uma falta de compromisso com as promessas eleitorais, mas também acentua a pressão sobre os trabalhadores que já enfrentam dificuldades financeiras em um cenário econômico desafiador. O que deveria ser um alívio se transforma em mais um fardo a ser carregado por aqueles que menos têm. Essa situação levanta questões sérias sobre a responsabilidade do governo em atender às demandas de sua base eleitoral e a urgência de revisitar suas promessas.
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*Com informações Poder 360
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