O governo de Israel tomou a decisão de declarar António Guterres, secretário-geral da ONU, como “persona non grata”, proibindo sua entrada no país. A medida foi anunciada pelo ministro das Relações Exteriores, Israel Katz, que expressou sua indignação em relação às declarações de Guterres sobre o conflito recente com o Hamas. Segundo o jornal britânico The Guardian, Katz afirmou que Guterres será lembrado “como uma mancha na história da ONU”.
Em sua postagem nas redes sociais, Katz criticou Guterres por não condenar de forma inequívoca os ataques realizados pelo Irã a Israel e por não ter denunciado o massacre e as atrocidades cometidas pelo Hamas em 7 de outubro. “Um secretário-geral que dá apoio a terroristas, estupradores e assassinos do Hamas, Hezbollah, Houthis e agora Irã – a nave-mãe do terror global – será lembrado como uma mancha na história da ONU”, declarou Katz.
A tensão aumentou após Guterres fazer declarações sobre a ocupação palestina em um discurso, onde reconheceu os sofrimentos do povo palestino ao longo dos 56 anos de ocupação, embora tenha reiterado que os ataques do Hamas não eram justificáveis. Esse comentário provocou forte reação do governo israelense.
Além de Guterres, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também foi declarado “persona non grata” por Israel em fevereiro deste ano, após comparar os ataques israelenses na Faixa de Gaza ao Holocausto. As palavras de Lula geraram uma resposta rápida de autoridades israelenses, incluindo um pronunciamento contundente do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
A recente declaração de Guterres e as tensões políticas envolvendo Lula e a ONU refletem o clima delicado e as complexidades que cercam a relação entre Israel e a comunidade internacional em meio ao conflito em curso.
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*Com informações Metrópoles
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