As eleições municipais de 2024, realizadas neste domingo (6), revelaram um cenário de predominância dos candidatos e partidos de centro e direita nas capitais brasileiras. Em um total de 26 cidades que participaram do primeiro turno, 11 já têm seus prefeitos eleitos, todos representando essa nova força política. O PSD, em particular, destacou-se, conquistando três prefeituras em locais estratégicos como Rio de Janeiro (RJ), Florianópolis (SC) e São Luís (MA).
O PL também teve um desempenho notável, com dois prefeitos eleitos e a possibilidade de avançar em mais nove cidades no segundo turno. Em contraste, o PSB, partido de centro-esquerda, elegeu apenas um prefeito, enquanto o PT saiu do primeiro turno sem nenhum prefeito eleito nas capitais, embora tenha garantido presença em quatro disputas de segundo turno.
O cientista político Vítor Oliveira, diretor da consultoria Pulso Público, analisou que, embora a polarização nacional entre PT e PL ainda esteja presente, o primeiro turno das eleições municipais foi mais caracterizado por uma competição entre partidos de centro e direita. “A dinâmica das disputas nas capitais revela uma reorganização que foge à polarização estrita entre os extremos do espectro político,” observou Oliveira.
Além disso, o PSD e o MDB emergiram como as principais forças nas eleições, cada um garantindo mais de 800 prefeituras em todo o Brasil, controlando um terço do total de municípios. O Republicanos, por sua vez, também se destacou ao eleger 441 prefeitos, duplicando sua representatividade em comparação ao pleito anterior, e reeleger seu prefeito em Vitória (ES), Lorenzo Pazolini.
Por outro lado, o PSDB viveu um dos seus piores momentos, sem eleger nenhum prefeito nas capitais e não avançando para o segundo turno em nenhuma delas. Esse desempenho marca um contraste significativo em relação às eleições de 2016 e 2020, onde o partido conquistou várias prefeituras importantes.
Embora o PT tenha aumentado seu número total de prefeituras de 182 para mais de 240, sua influência nas capitais foi severamente reduzida. Nas cidades com mais de 200 mil eleitores, o partido elegeu apenas dois prefeitos, em Minas Gerais, e disputará o segundo turno em 50 municípios.
Esse primeiro turno não apenas reafirma a força da direita no cenário político nacional, mas também sinaliza uma possível reconfiguração nas alianças e disputas futuras. Com a aproximação do segundo turno, o jogo político promete ser cada vez mais acirrado, à medida que partidos tentam solidificar suas posições em um ambiente de crescente competição e novas dinâmicas eleitorais.
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*Com informações R7