A tensão entre a família Bolsonaro e o pastor Silas Malafaia ganhou contornos mais evidentes após o líder religioso criticar o ex-presidente Jair Bolsonaro em entrevista à Folha de São Paulo. Malafaia chamou Bolsonaro de “omisso e covarde” por sua postura nas eleições municipais em São Paulo, gerando descontentamento entre os aliados do ex-presidente. Fontes próximas afirmam que a desconfiança em relação ao pastor se intensificou especialmente após ele não apoiar Alexandre Ramagem (PL) na corrida pela Prefeitura do Rio de Janeiro, um movimento que muitos consideram uma jogada política para se tornar protagonista na cena.
Um aliado, que preferiu o anonimato, declarou que Malafaia não tem conhecimento político suficiente para fazer exigências e que sua atitude parece refletir um desejo de destaque. Essa crítica se acentua em meio à proximidade de Malafaia com Cláudio Duarte, que apoia o candidato Eduardo Paes (PSD), aliado do governo Lula, levantando ainda mais suspeitas sobre suas intenções.
Além disso, a relação entre Jair Bolsonaro e Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição em São Paulo, está em um momento delicado, com os aliados do ex-presidente ressaltando gestos passados de Nunes que demonstraram afinidade com a esquerda, como a sua associação com Marta Suplicy.
A desconfiança não se limita a Malafaia. A construção de uma aliança com Pablo Marçal (PRTB) também é vista como improvável, com os aliados de Bolsonaro alegando que a falta de caráter e honestidade do ex-candidato impede qualquer aproximação. O ex-presidente teria chegado a essa conclusão após uma conversa pessoal com Marçal, que teria distorcido os termos do diálogo ao relatá-lo à imprensa.
Malafaia, por sua vez, refutou as acusações, alegando que as afirmações sobre sua independência e contatos normais com a família Bolsonaro são meras ilações. A crise de confiança, no entanto, parece longe de ser resolvida, e a relação entre o pastor e o clã Bolsonaro se torna cada vez mais conturbada.A situação, no entanto, revela uma fissura crescente nas relações entre aliados, levantando questões sobre lealdade e interesses políticos em tempos de crise.
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*Com informações CNN
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