A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi alvo de um mandado de busca e apreensão da Polícia Federal (PF) em busca de armas na terça-feira (3), após autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes.
A decisão de Gilmar Mendes foi tomada a pedido da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República (PGR), onde apreenderam três armas utilizadas para “defesa pessoal” pela deputada federal, segundo informações da assessoria de imprensa de Zambelli.
Em 29 de dezembro, a deputada entregou sua arma para a Polícia Federal em São Paulo, sete dias depois de uma determinação do ministro Gilmar Mendes. Entretanto, a PF identificou outras e informou isso no processo. Foram apreendidas uma pistola 9mm, uma pistola cal. 380 e um revólver 38.
O ministro abriu vista para a PGR, e Lindora Araujo opinou pela busca e apreensão de todas. O processo corre em sigilo.
A PF encontrou três armas. Uma com a deputada, em Brasília, no endereço dela. E duas num clube de tiro em SP.
Agressão contra Zambelli
No dia 29 de outubro, a deputada federal foi abordada e agredida por um apoiador de Lula quando estava com o filho num restaurante. Ela sacou uma arma apontou contra o agressor para afugentá-lo, sem disparar nenhum tiro.
O policial militar que acompanhava a deputada chegou a efetuar um disparo que, segundo a perícia, foi constatado como acidental. Ninguém ficou ferido.
Na ocasião, a deputada disse que agiu em “defesa pessoal e honra”. Foi empurrada pelo homem, conforme vídeos feitos por pessoas que passavam na rua e registraram a confusão. - “fui cerca por 5 homens, xingada, agredida e cuspida”, disse Zambelli.
Ela afirmou que ouviu o PM dar voz de prisão “ao principal suspeito”, tendo ouvido também um tiro. Assim, sacou sua arma “de acordo com os Artigo 301 e 303 do Código de Processo Penal, que dá direto a qualquer do povo decretar prisões em flagrante delito”, informou sua assessoria.
Destacou também estar tranquila quanto a sua inocência e que a provará na justiça.
Sobre a busca e apreensão, Zambelli afirmou que chama a atenção que mesmo tendo cumprido integralmente a decisão anterior, de forma voluntária, o STF determinou uma medida ainda mais invasiva em seus endereços.
“É preciso informar que o recurso apresentado pela defesa da Deputada não foi sequer apreciado, mesmo tendo sido protocolado antes do novo pedido de busca e apreensão da PGR”, disse a nota.
Zambelli informou ainda que cooperou, “como sempre fará, com as autoridades policiais para o cumprimento da decisão. Caso qualquer atentado à vida da Deputada, agora desprotegida, aconteça, já sabemos o responsável”.