O impacto das emendas parlamentares nas eleições municipais deste ano revelou uma clara vantagem para prefeitos reeleitos, especialmente em municípios pequenos, onde o recurso per capita foi benéfico maior do que nas cidades de médio porte. Levantamento da Prospectiva Consultoria mostra que, entre 2021 e 2024, prefeitos reeleitos em municípios de até 50 mil habitantes receberam R$ 896 por habitante em emendas, 33% a mais do que os adversários derrotados, que contaram com R$ 672 per capita.
Nos municípios de médio porte, a diferença também foi relevante: prefeitos que garantiram novo mandato contaram com R$ 323 per capita em emendas, enquanto os que não conseguiram reeleição tiveram R$ 258. A análise revela a estratégia do Centrão em fortalecer seu controle sobre o orçamento público via emendas, reduzindo a dependência do Executivo. Esse movimento agora pressionou o Supremo Tribunal Federal (STF) por um acordo que permita a continuidade das emendas sem cortes drásticos, dado seu papel crucial para o sucesso político em áreas de menor porte.
A criação das emendas impositivas e de bancada, segundo a Prospectiva, eliminou um dos principais mecanismos do Executivo para formar maiorias parlamentares. Essa dinâmica, destacada nas eleições legislativas, reflete a eficácia das emendas como instrumento de influência nas cidades menores, reforçando a estratégia orçamentária que o Centrão e outros grupos parlamentares defendem com o STF para garantir o futuro desse recurso político.
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*Com informações CNN