Em um movimento que promete reconfigurar o cenário político da Câmara dos Deputados, o presidente Arthur Lira (PP-AL) anunciou nesta terça-feira (29) seu apoio à candidatura de Hugo Motta (Republicanos-PB) para sucedê-lo no comando da Casa a partir de 2025. Durante o evento, Lira não hesitou em declarar que Motta é o candidato com “maiores condições políticas de construir convergências no Parlamento”, destacando sua habilidade em dialogar com polos aparentemente antagônicos.
“Declarar apoio a Hugo Motta nesse momento é minha contribuição pessoal à convergência, para que sigamos com uma Câmara dos Deputados atuante, propositiva, firme em defesa das prerrogativas do Parlamento, da democracia e do Brasil”, afirmou Lira, enfatizando a importância da união partidária em tempos de polarização.
A oficialização da candidatura de Motta ocorreu após a renúncia do presidente nacional dos Republicanos, Marcos Pereira (SP), que se retirou da disputa, viabilizando a ascensão de Motta. O movimento já vem sendo ensaiado, com Lira sinalizando apoio em encontros anteriores, incluindo a celebração do aniversário do deputado. Aproximadamente entre os dois, aliado ao respaldo do PP e dos Republicanos, coloca Motta numa posição vantajosa, especialmente com a expectativa de adesão oficial do PL e outras legendas.
Por outro lado, a disputa pela presidência da Câmara continua acirrada, com outros candidatos como Elmar Nascimento (União-BA) e Antonio Brito (PSD-BA) no páreo. Elmar, considerado inicialmente como o favorito de Lira, enfrentou resistência interna, enquanto Brito, que recebeu apoio do Palácio do Planalto, viu sua força diminuir. A eleição, marcada para fevereiro de 2025, promete ser um campo de batalha intensa, onde Motta deve trabalhar para consolidar suas alianças e garantir um apoio ainda mais robusto.
O apoio de Arthur Lira, que já foi um aliado dos governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro, e que atualmente está alinhado com o governo Lula, pode se revelar crucial na busca por uma Câmara mais unida e atuante. No entanto, o desafio de Motta não será apenas angariar votos, mas também garantir que a sua liderança represente uma verdadeira convergência num Parlamento marcado por divisões e divididas.
À medida que a data da eleição se aproxima, a pressão sobre Hugo Motta aumenta, e a expectativa é de que mais partidos se posicionem, moldando o futuro da Câmara e a forma como a política será conduzida nos próximos anos. O estágio dessa disputa não definirá apenas uma nova liderança da Casa, mas também poderá influenciar o panorama político nacional em um contexto já turbulento.
Receba as principais notícias do Brasil pelo WhatsApp. Clique aqui para entrar na lista VIP do WK Notícias e siga nossas redes sociais.
*Com informações R7