Jair Bolsonaro mantém-se em evidência, mas a trajetória entre as vitórias e reveses nas eleições municipais de 2024 ilustra uma liderança marcada por controvérsias e desafios judiciais iminentes. Mesmo inelegível e sem cargo oficial, o ex-presidente ajudou o Partido Liberal (PL) a vencer em várias cidades estratégicas, enquanto polariza o cenário político ao misturar apoio a candidatos e flertes com a oposição, como em Curitiba, onde incentivou a candidatura de Cristina Graeml, rival direta de Eduardo Pimentel, nome endossado por ele.
No entanto, a postura ambígua de Bolsonaro provocou reações entre seus próprios aliados. Em São Paulo, ele balançou o apoio ao candidato Ricardo Nunes ao elogiar Pablo Marçal, seu concorrente direto. Agora, o ex-presidente vê sua influência questionada em setores da direita que começam a buscar novas lideranças, com nomes emergentes como Marçal ganhando força.
O futuro político de Bolsonaro, porém, está longe de ser garantido. Ele enfrenta o risco de um indiciamento pela Polícia Federal por envolvimento em suposta tentativa de golpe, caso que, segundo especialistas, ameaça gravemente suas chances de recuperar os direitos políticos e disputar a presidência em 2026. Em entrevista, Bolsonaro alegou ser alvo de perseguição e mostrou preocupação com a imparcialidade do Supremo Tribunal Federal, especialmente em relação ao ministro Alexandre de Moraes.
Apesar dos escândalos, Bolsonaro insiste que ele é o único capaz de consolidar a direita no Brasil. Entre vitórias contestadas e desconfianças entre aliados, ele trava uma luta dupla: contra o avanço das investigações judiciais e pela manutenção de sua relevância no cenário conservador nacional.
Receba as principais notícias do Brasil pelo WhatsApp. Clique aqui para entrar na lista VIP do WK Notícias.
*Com informações Veja
