Os preços das carnes sofreram um aumento significativo de 5,81% em outubro, em comparação com setembro, conforme dados divulgados nesta sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa foi a maior alta mensal registrada desde novembro de 2020, quando a variação foi de 6,54%. O impacto dessa elevação no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o indicador oficial da inflação, foi o maior no grupo de Alimentação e Bebidas, que teve um aumento de 1,06% no mês passado. Esse aumento provocou uma alta de 0,14 ponto percentual no índice geral da inflação.
Entre os cortes de carne que mais se desenvolveram para esse aumento, destacam-se o acém (9,09%), a costela (7,40%), o contrafilé (6,07%) e a alcatra (5,79%). Segundo André Almeira, diretor de pesquisa do IBGE, o aumento nos preços das carnes é explicável pela menor oferta desses produtos, em razão do clima seco e da redução no número de animais abatidos, além de um elevado volume de exportações.
Além das carnes, outros itens também apresentaram variação de preços, como o tomate, que subiu 9,82%, e o café moído, com aumento de 4,01%. Em contrapartida, alimentos como a manga (-17,97%), o mamão (-17,83%) e a cebola (-16,04%) tiveram quedas significativas em seus preços.
O IPCA de outubro registrou uma alta de 0,56%, o que representa um aumento de 0,12 ponto percentual em relação ao mês anterior (0,44%). Esse aumento fez com que a inflação acumulada nos últimos 12 meses chegasse a 4,76%, superando o teto da meta de 4,5% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Os economistas já projetaram que o índice de inflação ultrapassará a meta, com estimativas apontando um encerramento de 2024 com uma inflação de 4,59%.
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*Com informações Metrópoles
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