Domingo, 07 de Setembro de 2025
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“Eu sou candidato até minha morte política”, declara Bolsonaro em entrevista contundente

Ex-presidente apóstata em Trump, Congresso e alianças estratégicas para reverter inelegibilidade até 2030

13/11/2024 às 08h37
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
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Em uma entrevista polêmica concedida nesta terça-feira (12), Jair Bolsonaro reafirmou sua intenção de continuar na política, mesmo estando inelegível até 2030. Ele declarou que sua candidatura à Presidência da República só será encerrada com sua “morte política”. “Eles não têm argumento para me tirar da política. Se eu sou tão mal assim, me deixa disputar para perder. Ou estão com medo da minha candidatura?”, desafiou o ex-mandatário.

Bolsonaro questionou as acusações que levaram à sua inelegibilidade, citando a reunião com embaixadores sobre urnas eletrônicas e sua participação em manifestações no 7 de setembro de 2022. Apesar das restrições legais, acredita que poderá reverter sua situação na Justiça ou por meio de articulações no Congresso Nacional, onde aliados tentam avançar com projetos que favorecem seu retorno às urnas.

Apoio de Trump e emoções internacionais

O ex-presidente declarou confiança em um alinhamento global com a direita, citando os “ventos da democracia” atribuídos às vitórias conservadoras na Argentina e nos Estados Unidos. Para ele, a reeleição de Donald Trump será crucial: “Trump vai investir no Brasil porque sabe da nossa importância para a América do Sul. Ele entende que a defesa da liberdade de expressão aqui é vital para uma região”.

Bolsonaro revelou que, embora não tenha contato direto com Trump, seu filho, Eduardo Bolsonaro, liderou as conversas com o ex-presidente americano. Ele destacou que essa parceria internacional poderá fortalecer sua posição política e influenciar positivamente a democracia no continente.

PL da Anistia e alianças no Congresso

Sobre a anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023, Bolsonaro admitiu que o projeto dificilmente será aprovado em 2024, mas justificou sua importância como ferramenta para recompor forças políticas. A proposta, que foi adiada na Câmara dos Deputados, segue como pauta prioritária do PL, seu partido, que negocia alianças com o Centrão para garantir espaços estratégicos.

Uma das articulações envolve o apoio à eleição de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) para a presidência do Senado. Em troca, o PL busca garantir a 1ª vice-presidência da Casa. Bolsonaro destacou que essa posição pode ser decisiva para colocar o projeto de anistia em votação no futuro.

Apesar das incertezas, o ex-presidente se mantém otimista e afirmou que não recuará: “Enquanto houver espaço para lutar, eu seguirei. Eles não conseguirão calar minha voz e muito menos minha candidatura”.

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*Com informações Metrópoles

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