O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou nesta quarta-feira (20) que terá uma reunião exclusiva com o presidente Lula (PT) nesta quinta (21) para afinar detalhes do aguardado pacote de cortes de gastos. Sem cravar prazos, Haddad deixou em aberto se as medidas serão divulgadas ainda nesta semana, mas sinalizou que o impacto será amplo, atingindo pastas estratégicas como Educação, Saúde, Trabalho e Previdência.
Entre as propostas que circulam, uma delas mira os privilégios de militares expulsos das Forças Armadas. A extinção da chamada "morte ficta" – que garante pensões mesmo após graves infrações – está sendo considerada pela equipe econômica, com respaldo do Tribunal de Contas da União (TCU), que classificou o benefício como uma "premiação por má conduta".
A inclusão do Ministério da Defesa no pacote de ajustes, a pedido do próprio presidente, pode acirrar ânimos entre aliados e setores militares, enquanto áreas sensíveis como Saúde e Educação já enfrentam resistência por qualquer tentativa de redução.
O governo pretende levar as medidas ao Congresso por meio de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e de um Projeto de Lei Complementar (PLP), com expectativa de tramitação ainda em novembro. A corrida contra o tempo reflete a pressão por ajuste fiscal em um cenário econômico desafiador e politicamente volátil.
No centro das decisões, Lula precisará equilibrar cortes impopulares com o desafio de manter coesa sua base aliada em meio a pressões crescentes de diversos setores da sociedade.
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*Com informações Metrópoles