O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está prestes a anunciar uma mudança significativa nas regras do empréstimo consignado, com a promessa de injetar R$ 100 bilhões na economia. A medida, que deve ser lançada em até duas semanas, visa flexibilizar o modelo de consignado no setor privado, permitindo que trabalhadores solicitem empréstimos diretamente por meio de plataformas como e-Social e FGTS Digital, sem a necessidade de convênio com empregadores.
A proposta, que está sendo liderada pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, e debatida com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi discutida em reuniões no Palácio do Planalto e até em um jantar oficial com o presidente chinês, Xi Jinping, no último dia 20 de novembro. Segundo fontes, o modelo foi pensado para ampliar o acesso ao crédito, mas também envolve garantias adicionais para instituições financeiras e pode substituir o saque-aniversário do FGTS – uma medida criticada por Marinho.
Essa mudança no empréstimo consignado surge como resposta à crise do saque-aniversário, que compete diretamente com o crédito da construção civil e já acumula um estoque de R$ 170 bilhões. Além disso, o projeto piloto deve ser realizado pela Caixa Econômica Federal, com a perspectiva de expandir a operação para outros bancos. Para o governo, essa nova dinâmica trará juros mais baixos e um maior controle do crédito destinado à população, mas também acende o alerta sobre os riscos de endividamento para os brasileiros.
A reforma nas regras do consignado privado se apresenta como uma tentativa de alavancar a economia, mas também levanta questionamentos sobre os impactos dessa mudança no bolso do trabalhador.
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*Com informações Poder 360