Terça, 04 de Novembro de 2025

Aumento de casos de HIV e AIDS no Brasil: Jovens e populações vulneráveis ​​são mais afetados

Em uma década, o Brasil registrou um crescimento alarmante de infecções, com destaque para jovens e a população negra; campanha de busca de conscientização reverter o cenário

27/11/2024 às 11h45
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
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Nos últimos dez anos, o Brasil enfrentou um aumento significativo nas taxas de detecção de HIV e AIDS, com um impacto alarmante na população jovem. Dados da Sociedade Brasileira de Infectologia mostram que, em 2022, mais de 40% dos novos casos de infecção ocorrem entre homens de 20 a 29 anos. Entre as mulheres, a situação também é preocupante, com a faixa etária de 15 a 49 anos responsável por quase 80% das novas infecções.

Alexandre Naime Barbosa, coordenador científico da entidade, sugere que a pandemia de Covid-19 pode ter contribuído para a redução das medidas de prevenção, especialmente entre pessoas mais velhas, resultando em uma maior incidência de HIV entre os mais jovens.

Em resposta a esse cenário, a Sociedade Brasileira de Infectologia lançou a campanha “Lembrar para Jamais Esquecer”, com o objetivo de reforçar a importância da prevenção e da testagem regular. A iniciativa surge como uma resposta a um problema crescente, apesar dos avanços no tratamento da doença. Uma das inovações mais promissoras são os medicamentos injetáveis ​​eficazes, que requerem aplicação apenas algumas vezes ao ano e têm o potencial de transformar o tratamento do HIV no Brasil e no mundo.

Outro dado alarmante é a alta incidência de novos casos entre a população negra e parda, que representa 65% das infecções em 2022. Esse cenário revela a necessidade urgente de políticas públicas direcionadas a grupos mais vulneráveis, como aponta o influenciador Lucas Raniel, que vive com HIV há 11 anos. Ele destaca a importância de campanhas de conscientização específicas para jovens negros e moradores de periferias, focando em suas realidades e necessidades.

Desde 1981 até 2022, a AIDS já causou mais de 40 milhões de mortes globalmente, tornando-se a quarta doença mais letal da história. Diante desses dados, a urgência de ações coordenadas e direcionadas se torna cada vez mais evidente, reverter esse cenário e salvar vidas.

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*Com informações Jovem Pan

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