Acusado pela Polícia Federal pela abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado e organização criminosa, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez um apelo nesta quinta-feira (28) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes para a concessão de anistia aos envolvidos no ataque de 8 de janeiro. Em troca, Bolsonaro prometeu “pacificação” do Brasil, sugerindo que o perdão aos golpistas poderia pôr fim à crise política que o país enfrenta.
Bolsonaro comparou a situação atual à Lei da Anistia de 1979, que perdoou crimes cometidos durante a ditadura militar, e enfatizou que apenas a anistia poderia restaurar a paz no Brasil. Para ele, a responsabilidade pela pacificação referida nas mãos de Moraes, afirmando que, se o ministro do STF ou Lula se pronunciasse em favor da medida, "estaria tudo resolvido". “Alguém tem que ceder. Quem tem que ceder? O senhor Alexandre de Moraes”, declarou Bolsonaro, especificando que o país precisa “zerar o jogo daqui para frente”.
O ex-presidente também criticou o relatório da Polícia Federal sobre uma tentativa de golpe de Estado em 2022 e se colocou entre os indicados por ser um dos idealizadores do movimento golpista. Ele voltou a atacar as investigações, dizendo que, após ser multado pelo STF por questionar as urnas eletrônicas, procurou outras alternativas para "mostrar os erros do sistema eleitoral", mas não obteve sucesso.
Em sua defesa, Bolsonaro comparou sua situação à de perseguidos políticos de regimes autoritários, como Venezuela, Nicarágua e Bolívia, indicando que há uma tentativa de "tirá-lo de combate". Ao fazer esse paralelo, ele afirmou que seu destino pode ser "trancafiado", acusando seus opositores de quererem "executá-lo" politicamente, ao invés de apenas buscar sua inelegibilidade ou declarações.
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*Com informações Revista Oeste