O dólar abriu em alta nesta terça-feira (17), alcançando R$ 6,16 no início do mercado, em mais um reflexo da instabilidade fiscal e das incertezas sobre o pacote de cortes de despesas do governo. Às 9h10, a moeda registrava elevação de 0,92%, sendo cotada a R$ 6,14. Na véspera, já havia recorde nominal batido, encerrando a R$ 6,09, com alta de 0,99%.
Nem mesmo a forte intervenção do Banco Central (BC), que vendeu US$ 1,63 bilhão no mercado à vista — a maior desde o início da pandemia em 2020 — conseguiu segurar o avanço. Na última sexta-feira (13), outra intervenção de US$ 845 milhões também foi insuficiente para conter a pressão cambial.
Os analistas apontam que a escalada do dólar reflete a crescente preocupação dos investidores com as contas públicas e a possível desidratação do pacote fiscal no Congresso. A falta de clareza sobre como o governo irá equilibrar receitas e gastos alimentados o clima de um cenário econômico ainda mais instável.
Com o desempenho de hoje, o dólar acumula alta de 1,56% no mês e 25,59% no ano, pressionando os custos de importação e ampliando o impacto da inflação. O cenário desafia a política econômica do governo e reforça a necessidade de medidas mais contundentes para reconquistar a confiança do mercado.
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*Com informações Metrópoles
