O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entra em seu terceiro ano com a economia como o principal obstáculo para recuperar a confiança da população e melhorar sua avaliação. De acordo com a pesquisa Quaest divulgada nesta semana, a aprovação de Lula estagnou em 52%, distante dos 60% realizados em agosto de 2023. Desde então, o índice vem flutuando e, em alguns segmentos, como na região Sudeste e entre brasileiros com renda de dois a cinco períodos mínimos, a inclusão superou a aprovação.
Especialistas apontam que o cenário é um reflexo da queda de popularidade que, no início de uma gestão, tende a ser mais favorável devido à “lua de mel” com o eleitorado. Segundo o cientista político Tiago Valenciano, o governo precisa agir de forma mais assertiva para reverter o quadro, com medidas que atendam às expectativas da população. “Se não mudar de rumo, o resultado nas urnas daqui a dois anos pode ser mais complicado”, alerta.
A economia é a principal preocupação para o presidente. Dados da pesquisa Quaest mostram que 68% dos brasileiros acreditam que o poder de compra é atrasado, enquanto 78% percebem aumento nos preços dos alimentos. A falta de aumento real na renda e o aumento das despesas básicas têm gerado frustração, o que impacta diretamente na avaliação do governo. O economista Igor Lucena critica a falta de medidas eficazes de contenção de gastos e destaca que o aumento da inflação tem piorado a situação, especialmente para os mais pobres.
Além disso, o “fator terceiro mandato” pesa sobre o governo. Lucena observa que, em mandatos consecutivos, a tendência é que as mudanças e inovações se esgotem, dificultando a gestão e tornando o cenário mais desafiador. Com isso, o governo Lula enfrentou uma pressão crescente para reverter a atual insatisfação e garantir suas previsões eleitorais.
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*Com informações Metrópoles