O Diário Oficial da União desta sexta-feira (31) oficializou a exoneração de dez ministros do governo Lula, um dia antes das eleições que definirão os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado pelos próximos dois anos. A medida permite que os parlamentares licenciados reassumam seus mandatos e participem diretamente do processo decisório, uma prática comum em votações estratégicas.
Entre os exonerados estão figuras como Carlos Fávaro (Agricultura), Camilo Santana (Educação) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais), que agora retornam ao Congresso para fortalecer as articulações do governo em torno dos favoritos Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP). Ambos contam com apoio tanto do PT quanto do PL, evidenciando um equilíbrio político delicado.
A ausência de exoneração de ministras como Marina Silva (Meio Ambiente) e Sonia Guajajara (Povos Indígenas) reflete as divisões internas. O PSol, partido de Guajajara, optou por lançar candidatura própria à presidência da Câmara, enquanto o governo segue alinhado ao nome de Motta, considerado franco favorito.
A manobra evidencia a dependência do governo de sua base no Congresso, destacando os desafios de governabilidade e o jogo de interesses que permeia as decisões estratégicas no Legislativo.
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*Com informações Metrópoles