O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, adotou um tom duro ao abordar a necessidade de regulamentação das big techs no Brasil e criticou as gestões econômicas que o antecederam, acusando-as de “dilapidar” estatais como Petrobras e Eletrobras para alcançar resultados fiscais positivos.
Haddad destacou que a regulação é essencial para corrigir o desequilíbrio de mercado imposto pelas gigantes tecnológicas, que, segundo ele, penalizam os pequenos empresários. “Não podemos deixar o pequeno empresário brasileiro com regras não competitivas para big techs, que estão tarifando seus colaboradores de uma forma cada vez mais perniciosa”, declarou, enfatizando a urgência de igualdade nas condições de operação dessas empresas.
A revisão de gastos também foi tema central da fala de Haddad. O ministro minimizou críticas sobre a política fiscal do governo Lula, dizendo que superávits fiscais anteriores foram fruto de ações que classificou como “criminosas”, referindo-se à privatização da Eletrobras e à venda de ativos da Petrobras. “Não vejo economistas que criticam o governo mencionando que medidas provisórias que mexiam com privilégios setoriais, e que poderiam gerar superávit, não foram aprovadas”, rebateu.
Haddad também sinalizou confiança na relação com o Congresso, destacando os favoritos para as eleições das Mesas Diretoras, Hugo Motta e Davi Alcolumbre. Ambos, segundo ele, têm demonstrado comprometimento com uma agenda econômica robusta, essencial para aprovar as 25 prioridades listadas pelo ministério para 2025 e 2026, como a ampliação da isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil.
O ministro reforçou a necessidade de debates fiscais “honestos” e prometeu continuar defendendo políticas públicas que equilibrem o mercado e protejam os mais vulneráveis.
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*Com informações R7