Em busca de fortalecer sua presença nos estados e pavimentar o caminho para a reeleição, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrenta uma realidade hostil em Mato Grosso do Sul. Dados recentes revelam uma desaprovação de 68,93% à sua gestão na capital, Campo Grande, o que indica que conquistar apoio no estado será um desafio monumental.
A ministra Simone Tebet, que desempenhou papel crucial na campanha de Lula no segundo turno, enfrenta rejeição significativa dos eleitores bolsonaristas locais. Apesar de sua presença em eventos no estado, a antipatia crescente e a baixa popularidade levaram Simone a descartar, ao menos por ora, qualquer candidatura em 2026.
O PT, por sua vez, encontra-se enfraquecido no estado, sem prefeitos eleitos e com dificuldades em apresentar nomes fortes para a próxima disputa eleitoral. Internamente, o partido enfrenta divisões. Humberto Amaducci, vice-presidente do PT em Mato Grosso do Sul, defendeu publicamente a saída do partido da base do governador Eduardo Riedel (PSDB), destacando a necessidade de independência para construir um palanque sólido para Lula.
A relação entre Lula e Riedel também é motivo de incerteza. O governador tucano, que mantém proximidade com Jair Bolsonaro (PL), não demonstra sinais de aliança com o presidente petista. Questionado, o deputado Zeca do PT evitou declarações contundentes, afirmando que é cedo para prever os desdobramentos políticos no estado.
Além dos desafios políticos, a rejeição à gestão de Lula é alarmante. Pesquisa recente indica que apenas 26,70% dos entrevistados aprovam seu governo, enquanto 4,37% não opinaram. A margem de erro de 4,9 pontos percentuais evidencia uma desconfiança generalizada no estado, dificultando os planos do presidente de recuperar terreno.
Com aliados desgastados e oposição fortalecida, Lula precisará mais do que discursos para reverter o quadro desfavorável no Mato Grosso do Sul, onde o PT luta para reconstruir sua relevância e o presidente busca reconquistar a confiança de um eleitorado cada vez mais crítico.
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*Com informações Investiga MS