Em uma tentativa de dar respostas à alta nos preços dos alimentos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sugeriu que a população evite comprar produtos caros ou substitua-os por alternativas mais baratas. Em entrevista às rádios Metrópole e Sociedade, o presidente afirmou que, ao tomar essa atitude, o mercado seria pressionado a reduzir os preços, uma “sabedoria do ser humano” que, segundo ele, ajudaria a controlar a inflação.
No entanto, essas declarações revelam uma desconexão alarmante da realidade econômica do país. Lula tenta empurrar para o consumidor a responsabilidade pela crise inflacionária, sugerindo que o simples ato de não comprar certos produtos seria uma solução eficaz. O que o presidente não menciona é que essa inflação persistente é fruto de uma má gestão da economia, com falhas na política fiscal e monetária que, ao invés de controle, agravam ainda mais os problemas.
Enquanto o governo ainda tenta convencer os brasileiros de que a inflação de alimentos será resolvida "logo, logo", como afirmou Lula, os números mostram outra realidade: o cenário continua sendo adverso, com uma inflação alta e a previsão de que a alta dos preços persista no médio prazo. O Banco Central alertou para essa tendência na última terça-feira (4), mas ao invés de uma ação robusta para reduzir os preços e restaurar a confiança econômica, o presidente faz sugestões vagas, como se isso fosse suficiente para resolver um problema de gestão fiscal.
Em vez de buscar alternativas vazias, seria mais eficaz que o governo de fato tomasse as rédeas da situação, revisando sua postura econômica, controlando a emissão de moeda e reavaliando políticas que afetam diretamente o preço dos alimentos. Até que isso aconteça, os consumidores continuarão a pagar pelas ineficiências e promessas não cumpridas.
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*Com informações CNN