Em meio a uma tentativa constante de transmitir uma imagem de progresso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se viu novamente pressionado pelas críticas à sua gestão. Durante entrevista à Rádio Diário FM, em Macapá (AP), nesta quarta-feira (12), o petista se esforçou para garantir que a economia brasileira está em crescimento, a inflação sob controle, e que salários reais e crédito estão em expansão. No entanto, a realidade enfrentada por muitos brasileiros não parece acompanhar os discursos otimistas do presidente.
Lula, tentando passar a ideia de um governo que reconstruímos o país após os danos do impeachment de Dilma Rousseff, afirmou que agora "temos que entregar para o povo os resultados daquilo que trabalhamos nos últimos dois anos". A declaração reflete a tentativa do petista de minimizar os erros cometidos pelo governo anterior, mas também revela o desafio que enfrenta em justificar os avanços que a população ainda não sente de maneira plena.
Na mesma entrevista, Lula, como de costume, cutucou seu antecessor, o ex-presidente Jair Bolsonaro, reafirmando que tem "dois anos muito primorosos pela frente" e que precisa "entregar tudo aquilo que prometeu". Apesar do discurso de confiança, o cenário é bem diferente nos números: uma pesquisa AtlasIntel/Bloomberg divulgada no último dia 11 de fevereiro mostrou que a desaprovação ao seu governo alcançou impressionantes 51,4%, o maior índice de rejeição desde janeiro de 2024.
Esse aumento na desaprovação reflete um descompasso entre o discurso de Lula e a percepção do povo sobre o que realmente está sendo entregue. Em um contexto de aumento de preços, dificuldades financeiras e desafios econômicos ainda presentes, o presidente enfrenta um desgaste crescente, especialmente após promessas não cumpridas que ecoam nas ruas e nas urnas.
A crescente insatisfação e a disparada nas taxas de rejeição não são apenas números, são um reflexo direto da falta de confiança no governo. Mesmo com sua tentativa de controle da narrativa, Lula não consegue esconder o peso de uma administração que não conseguiu evitar um alto índice de desaprovação.
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