O Partido dos Trabalhadores (PT) aprovou nesta segunda-feira (17), durante reunião de seu diretório nacional, a retomada do modelo de eleições diretas para a escolha das instâncias partidárias. A medida, que marca uma ruptura com o sistema híbrido adotado nas últimas duas eleições, foi aprovada por 61 votos a 24, consolidando uma mudança no direcionamento interno do partido.
A decisão surge após semanas de debates intensos entre as diferentes correntes internas do PT. Enquanto grupos como a Democracia Socialista e a Resistência Socialista defendiam a manutenção do modelo híbrido, o retorno às eleições diretas foi impulsionado por lideranças como o ex-ministro José Dirceu, que fez campanha ativa em favor da proposta.
O deputado Jilmar Tatto (SP), secretário nacional de Comunicação do PT, comemorou a mudança: “É mais democrática. Nele, o filiado vota desde o presidente nacional do PT até a direção municipal. É o direito pleno do filiado. Nada de eleição indireta”, destacou.
Nas últimas duas eleições partidárias, realizadas em 2017 e 2019, a deputada Gleisi Hoffmann foi eleita e reeleita como presidente do partido, com apoio direto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sob o sistema híbrido. A decisão de agora reflete uma tentativa de ampliar a participação da base do partido em processos decisórios cruciais.
O novo modelo será aplicado nas próximas eleições internas do partido, sinalizando um esforço do PT em resgatar suas raízes participativas e fortalecer o engajamento dos filiados em todos os níveis de representação partidária.
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*Com informações CNN
