O aguardado jantar entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), inicialmente marcado para dezembro do ano passado e adiado devido a uma cirurgia de emergência de Lula, segue indefinido. Com a iminente denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a Procuradoria Geral da República (PGR) foi forçada a postergar novamente o evento, previsto para esta quarta-feira (19).
O motivo é claro: o procurador-geral da República, Paulo Gonet, foi convidado, mas sinalizou que não participaria para evitar que sua presença fosse interpretada de forma negativa. Gonet está finalizando o texto da denúncia contra Bolsonaro, que será entregue ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, que apura a trama golpista. O momento exige cautela, já que, se a denúncia fosse entregue antes do jantar, haveria o risco de críticas sobre a relação entre a PGR e os ministros do STF, enquanto postergá-la poderia gerar especulações sobre vazamento de informações.
Nos bastidores, a decisão de adiar o encontro reflete uma tensão crescente entre os Poderes, especialmente com o clima de expectativa em torno do julgamento de Bolsonaro. A denúncia deve ser apresentada ainda neste mês e o ex-presidente pode se tornar réu no primeiro semestre de 2025.
Este é mais um capítulo em uma série de encontros informais entre o presidente e os ministros da Corte, iniciados em 2023. Embora o objetivo do jantar seja quebrar o clima tenso das formalidades e estreitar relações, o timing da denúncia e suas repercussões políticas parecem ter transformado o evento em um prato cheio para críticas e especulações.
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*Com informações CNN