O PSDB de Mato Grosso do Sul, considerado o principal reduto tucano do Brasil, assumiu um papel central na definição do futuro da sigla. Em apenas 15 dias, o governador Eduardo Riedel (PSDB) recebeu lideranças nacionais de três partidos para debater possíveis fusões, uma estratégia para evitar o desaparecimento do partido nas urnas e preservar mandatos importantes.
A cúpula tucana do Estado demonstrou inclinação pela fusão com o PSD, liderado nacionalmente por Gilberto Kassab. A escolha se justifica pela proximidade com Nelsinho Trad (PSD-MS) e pela estrutura enxuta do PSD no estado, que facilitaria a transição. Tucanos próximos a Riedel e ao ex-governador Reinaldo Azambuja consideram essa alternativa a mais viável, garantindo maior tempo de campanha e acesso a recursos financeiros sem grandes rupturas internas.
Embora o Republicanos, presidido por Marcos Pereira, também seja bem avaliado, ocupa o segundo lugar na lista de preferência. Com 44 deputados federais, o partido apresenta uma estrutura robusta e poderia reforçar a presença tucana no Congresso, mas a distância entre as lideranças dificulta negociações mais imediatas.
Já o Podemos, comandado nacionalmente por Renata Abreu, é visto como uma opção menos favorável. Apesar de uma recente visita a Campo Grande para conversas com Riedel, o tamanho modesto do partido e sua influência limitada em Brasília colocam a fusão em desvantagem.
A ideia de federação com partidos como Podemos ou Solidariedade é tratada como uma última alternativa. A experiência frustrada com o Cidadania gera resistência entre os tucanos, que buscam evitar alianças que não tragam resultados sólidos.
O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, declarou que uma decisão deve ser tomada ainda neste semestre. No entanto, a preferência da maioria em Mato Grosso do Sul já está clara: o PSD surge como o caminho mais estratégico para garantir a sobrevivência e relevância da legenda.
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*Com informações Investiga MS