Em uma manobra que promete agitar o cenário político, o Partido Liberal (PL), histórico aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, intensifica os esforços para obter os 257 votos que garantam a aprovação de um projeto de lei polêmica. A proposta, de que visa anistiar presos condenados pelos atos ocorridos em 8 de janeiro de 2023, está sendo fortemente defendida por setores da base do governo, enquanto enfrenta a oposição quase unânime das legendas de esquerda.
Sob a orientação de Bolsonaro, o deputado Sostenes Cavalcante (RJ), líder do PL, contribuiu com reuniões reservadas com importantes líderes do Centrão, estratégia que já lhe rendeu uma previsão de 230 votos desenvolvidos. Segundo fontes do partido, essa articulação inclui votos de outras siglas fundamentais da base governamental, como PP, União Brasil, Republicanos e PSD.
Mesmo sem um acordo formal com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que tem buscado se distanciar do tema após críticas pela relativização da tentativa de golpe, a estratégia dos bolsonaristas é clara: demonstrar que possuem maioria suficiente para avançar com a proposta. Motta, que tenta dividir a responsabilidade sobre a pauta com outros líderes, enfrenta o desafio de equilibrar sua postura diante de uma proposta que, para muitos, ameaça os fundamentos da ordem democrática.
Enquanto a disputa segue intensa nos bastidores, a articulação do PL para garantir a amnistia já mobiliza os recantos do Centrão e coloca em xeque os rumores da política no Congresso. Com a tensão aumentando, a votação do projeto promete ser um dos momentos decisivos da atual temporada legislativa.
Receba as principais notícias do Brasil pelo WhatsApp. Clique aqui para entrar na lista VIP do WK Notícias e siga nossas redes sociais.
*Com informações CNN