Sexta, 05 de Setembro de 2025
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Lula anuncia benefícios sociais enquanto popularidade despenca e país enfrenta crise econômica

Poupança estudantil e gratuidade no Farmácia Popular não ocultam falhas de comunicação e os cenários de dificuldades

25/02/2025 às 09h22
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Ricardo Stuckert / PR
Foto: Ricardo Stuckert / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em seu pronunciamento nesta segunda-feira (24), anunciou novas iniciativas, como o pagamento da poupança estudantil do programa Pé-de-Meia e a gratuidade dos medicamentos da Farmácia Popular. A partir desta terça-feira (25), os alunos que concluíram o ensino médio poderão sacar até R$ 1 mil da poupança, e os estudantes que passaram de ano terão direito a R$ 200 mensais, podendo acumular até R$ 9,2 mil ao longo do ciclo escolar. No entanto, por mais que os anúncios sejam como avanços, é impossível ignorar a falha gritante entre os feitos apresentados e a situação real do país.

Lula também destacou a criação do programa Pé-de-Meia Licenciatura, que promove incentivo a jovens com boas notas no Enem a seguir a carreira de professor, e a ampliação da Farmácia Popular, tornando gratuitos 41 remédios e fraldas geriátricas. Porém, as medidas são pontuais e não escondem o cenário sombrio da economia e da falta de planejamento do governo.

Poucos dias antes, o presidente havia afirmado que nem seus ministros sabiam das ações do governo, o que levanta questões sobre a comunicação do Palácio do Planalto. Lula foi categórico ao impedir falhas no compartilhamento de informações e até no apoio de seus militantes, como declarou em evento do Partido dos Trabalhadores no sábado (22). O tom de frustração do petista, ao considerar que "não demos as informações", evidencia que o governo ainda luta para se comunicar de forma eficaz com sua própria base.

O contraste entre os anúncios de Lula e a crise econômica enfrentada pelos brasileiros é claro: ao passo que o governo tenta passar uma imagem de recuperação e progresso, o país continua atolado em inflação, desemprego e uma dívida pública crescente. A ironia é notável – enquanto o presidente insiste que pegou o Brasil “quebrado”, os benefícios isolados e temporários não oferecem uma solução para o colapso econômico, e muito menos para a desesperança de milhões de brasileiros que vivem a dura realidade de um país com as contas públicas descontroladas.

O presidente pode até tentar embelezar a situação com discursos de esperança, mas é impossível tapar o sol com a peneira. O Brasil precisa mais do que anúncios midiáticos: precisa de políticas públicas reais, com objetivos de longo prazo, planejamento estratégico e, principalmente, transparência nas ações do governo.

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*Com informações Pleno News

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