Sexta, 05 de Setembro de 2025
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Eleições 2026: fusões e redução de partidos redesenham cenário político em MS

Cláusula de barreira e menos candidaturas desafiam lideranças estaduais

27/02/2025 às 08h23
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

As eleições de 2026 trarão mudanças profundas para o cenário político em Mato Grosso do Sul, com a redução devido ao número de partidos e candidatos à exigência da cláusula de barreira. Sem candidatos ao Governo do Estado anunciados até o momento, os partidos já avaliam como montar chapas competitivas em um contexto de enxugamento de recursos e maior concentração de votos.

A cláusula de barreira exige que os partidos alcancem 2,5% dos votos válidos para a Câmara dos Deputados, distribuídos em pelo menos um terço dos estados com 1,5% votos dos válidos em cada, ou elejam ao menos 13 deputados federais. Em MS, esses votos já excluíram siglas como PSD e União Brasil da bancada federal em 2022, apesar de candidatos como Fábio Trad (43.881 votos) não atingirem o quociente eleitoral.

No grupo liderado por Eduardo Riedel (PSDB), há a intenção de concentrar forças em quatro partidos: Republicanos, PSD, Podemos e PSDB, que também disponibilizam uma fusão nacional. Outros partidos, como União Brasil e MDB, comandados por Rose Modesto e André Puccinelli, respectivamente, buscam se aproximar desse núcleo, enquanto o PL, de Jair Bolsonaro, aguarda a confirmação de Reinaldo Azambuja para fortalecer sua posição.

No campo da esquerda, o PT deverá sobreviver à cláusula de barreira com sua bancada atual de dois deputados federais e três estaduais, mas enfrentará o isolamento no Estado. Já PDT e PSB deverão considerar uma fusão, o que pode causar debandadas, como a anunciada por lideranças como o deputado Paulo Duarte e o vereador Carlão, caso a união se concretize.

Com menos partidos na disputa, a expectativa é que os votos se concentrem em menos candidatos, elevando as chances para aqueles que estiverem em chapas mais estruturadas e com maior apoio político. No entanto, essa concentração também desestimula candidaturas de siglas menores, que terão mais dificuldade em atingir o quociente eleitoral. Assim, os favoritos tendem a consolidar alianças mais amplas, enquanto os partidos menores enfrentam o desafio da política de sobrevivência em um cenário de restrições cada vez mais rígidas.

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*Com informações Investiga MS

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