Em um movimento claramente desesperado para recuperar a popularidade em queda, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou nesta sexta-feira (28) um conjunto de propostas com a promessa de injetar R$ 30,7 bilhões na economia até 2026. O pacote de medidas visa melhorar a sensação de bem-estar da população, mas não esconde o objetivo principal: tentar barrar a queda abrupta de sua popularidade, que já bateu recordes negativos em seu terceiro mandato.
O Brasil, que já vive uma grave crise de desemprego e inflação, vê agora no meio de uma crise de confiança no governo Lula. As pesquisas de janeiro e fevereiro, como as do PoderData e Datafolha, revelaram uma desaprovação alarmante, com 40% dos brasileiros considerando o governo “ruim” ou “péssimo”. O momento é tão crítico que, em uma tentativa clara de se recuperar, Lula foi até uma agência da Caixa Econômica Federal para mostrar o "sucesso" do programa Pé-de-Meia, um incentivo financeiro para estudantes do ensino médio. Mas a estratégia está longe de ser uma solução definitiva.
Com a pressão do Banco Central para segurar a inflação, e uma taxa de juros que se aproxima dos 14,25% ao ano, Lula se vê entre a cruz e a espada. O pacote inclui propostas como liberação de recursos do FGTS, ampliação do crédito consignado e mais remédios gratuitos, mas a verdade é que o impacto imediato dessas medidas ainda está longe de ser claro. O governo, que já foi duramente criticado pela falta de investimentos efetivos, agora precisa lidar com um cenário de juros altos, uma economia desacelerada e uma falta de confiança crescente.
A tentativa de criar uma "marca" para seu terceiro mandato, como o programa Pé-de-Meia, que oferece até R$ 9.200 para estudantes, está sendo questionada, especialmente após um pronunciamento presidencial que mais parecia uma campanha eleitoral do que uma ação administrativa. A expectativa de que essas propostas ajudem a tirar o país do "empobrecimento educacional" é um discurso que ainda carece de eficácia, e o presidente parece mais preocupado em tentar reconquistar a confiança da população do que realmente melhorar a economia.
O diagnóstico é claro: Lula está em um momento de desespero. O pacote de medidas pode até tentar amenizar os problemas econômicos imediatamente, mas a proposta pública do presidente continua a cair, e o peso das decisões do Banco Central, que seguem em desacordo com suas estratégias, pode ser o golpe final para suas ambições eleitorais. A verdade é que a situação do governo está cada vez mais difícil, e o tempo de revisão está se esgotando.
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*Com informações Poder 360