Sexta, 05 de Setembro de 2025
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PT e PL em rota de colisão: Passaporte de Eduardo Bolsonaro vira epicentro de disputa na Câmara

Deputado bolsonarista é acusado de ‘lesa-pátria’, enquanto PL reforça apoio e mira presidência de comissão estratégica

03/03/2025 às 17h39
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

A batalha política entre PT e PL escalou para novos níveis após o Partido dos Trabalhadores entrar na Justiça pedindo a retenção do passaporte de Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Em resposta, líderes do PL declararam que irão priorizar a presidência da Comissão de Relações Exteriores da Câmara para o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, mesmo sob as acusações.

“Com ou sem passaporte, Eduardo será indicado para a presidência da comissão”, afirmou Sosténes Cavalcante (RJ), líder do PL na Câmara. A declaração reforça o apoio da bancada ao deputado paulista, que, segundo membros do partido, se tornou alvo de uma estratégia petista para desestabilizar sua atuação legislativa.

Acusações graves e tensões internacionais

A petição do PT, assinada pelos deputados Lindbergh Farias (RJ) e Rogério Correia (MG), foi protocolada junto ao ministro Alexandre de Moraes, alegando que as recentes viagens de Eduardo aos Estados Unidos configuram crime de lesa-pátria. Segundo o documento, o parlamentar teria atuado em “total dissintonia com a realidade” ao promover retaliações contra o Brasil em território estrangeiro, comprometendo a soberania nacional e a estabilidade das relações internacionais.

Eduardo Bolsonaro teria se reunido com lideranças republicanas norte-americanas para discutir sanções ao ministro do Supremo Tribunal Federal, o que intensificou o desgaste entre Executivo, Legislativo e Judiciário.

Apoio do clã Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro saiu em defesa do filho, classificando o pedido de retenção do passaporte como uma tentativa de “constrangimento político” para inviabilizar sua liderança na Câmara.

Na próxima semana, a presidência da Casa, sob Hugo Motta (Republicanos-PB), deverá retomar as discussões sobre as lideranças das comissões. A indicação de Eduardo para a Comissão de Relações Exteriores deve polarizar ainda mais o cenário político, fortalecendo a narrativa de perseguição petistas  contra os adversários bolsonarista.

Com acusações de crime de lesa-pátria de um lado e denúncias de abuso de poder de outro, o embate promete acirrar os ânimos e transformar a disputa pela comissão em um dos principais pontos de tensão na retomada dos trabalhos legislativos.

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*Com informações Metrópoles

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